Desde remoto antiguidade, os olhos vêm servindo de tema para poemas, ensaios, provérbios, lendas etc. Os de Cleópatra (que os maquiava muito à maneira das modernas elegantes) eram tão célebres quanto o seu nariz e devem ter desempenhado também papel importante na mudança dos destinos da humanidade.
A moda atual – insensata sob tantos aspectos – pelo menos com relação aos olhos, demonstra haver compreendida a importância deles para fazer sobressair a beleza do rosto. Com efeito, nunca houve tanto requinte na maquilagem dos olhos como agora. O seu formato é sublinhado e alongado por traços de lápis; o rímel, que até bem pouco tempo se limitava ao preto e ao marrom, hoje, pode ser encontrado nos mais variados matizes de verde, azul, violeta ou cinza; e um mostruário de “sombra” para as pálpebras faz lembrar uma paleta de pintou abstracionista.
Quanto aos cílios postiços, outrora só usado por atrizes no palco ou na tela, o seu uso está espalhando-se cada vez mais, até para as horas do dia.
Para os olhos serem belos, não basta, porém, que sejam grandes, de um colorido especial ou maquilados com requinte. É preciso que neles haja algo mais. Pois, sendo “os espelhosda alma”, devem refletir doçura, compreensão, inteligência.
Em resumo, mais importante do que os olhos é – o olhar.
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